quarta-feira, 25 de abril de 2012

Correndo por aí...

Quem me conhece, já sabe. E caso algum incauto passe por aqui e veja essa post, explico: Durante anos, um dos meus passatempos preferidos era o kart. entre 2006 e 2009, mais precisamente. Participei de um grupo por 2 anos e montei um que durou 3 anos.

E, é bom que se diga, não sou um apaixonado por motores, mecânica, velocidade, cheiro de gasolina, etc... acho legal, e só.

Infelizmente, o tempo, a grana e o vício alheio não me permitem mais essa brincadeira.

Mas o que me instigava mesmo era a disputa. Não a disputa por vitórias, título, ganhar, ganhar e ganhar... isso faz parte sim, mas não era o ingrediente principal. Eu digo da disputa "sadia", de "lutar" pra chegar ao seu máximo, seja ele ser campeão ou chegar em oitavo. Seja ser o piloto favorito pra ganhar a corrida ou ser o azarão que arrancou um terceiro lugar quando achavam que ia ser o último. Seja ainda ser o azarado que estava lá na frente e foi atrapalhado por alguém e ficou pra trás ou o sortudo que se aproveitou de uma batida e chegou na frente. Seja ser o cara que perdeu uma posição na última volta ou aquele que ganhou uma na última volta. Seja ser aquele que chegou sem disputa na última volta ou ser aquele que chegou emparelhado na reta de chegada.
Tudo isso aí já aconteceu comigo. Fui último, subi no pódio, ganhei corrida, até campeão de categoria já fui. Ganhei troféus, medalhas... Tudo guardado numa caixa. O campeonato, o pódio, têm seu valor na hora, mas o que fica mesmo são as lembranças. A expectativa na largada. As trocas de posição. Os ataques em busca de uma ultrapassagem. Os traçados defensivos, para que ninguém os passe. Alegrias. Tristezas. Sorte. Azar.

Ou seja, nada mais do que uma amostra do que é a vida.


3 comentários:

Tayná disse...

Que legal a sua comparação com a vida! Bom post!

Thiago disse...

Apesar da falta de tempo e disposição, foi boa a época do Kart. Teve sua parte na minha juventude, sua época, como tudo na vida tem. O engraçado é que isso tem efeitos até hoje. Algumas vezes na academia um professor me perguntou se eu corria de Kart, por ver a camisa do nosso extinto grupo. Mas a mais curiosa descrevo abaixo:

Outro dia saindo do meu condomínio fui reconhecido por um vizinho que estaciona o carro dele atrás do meu; ele ficou olhando aquela camisa vermelha do Speed Hunters, e ele não resistiu e me perguntou se eu (ainda) andava de Kart.
Eu falei que participei do grupo, fui a algumas corridas esporádicas, mas fazia anos que não corria. ele então me contou que era um dos donos do extinto Tijuca Kart, que ficava no Carrefour da Usina. E até me chamou para uma corrida qualquer dia desses, hehehe!!!

Engraçado como coincidências dessas acontecem. Depois de anos ainda somos reconhecidos pela camisa.
E tem uns colegas aqui do trabalho que têm um grupo de kart também. Mas acho que, pra mim, a onda passou. "Tempo bom, não volta mais; saudade de outros tempos iguais."

Tayná disse...

São muito legais essas coincidências mesmo... Outro dia o moço do podrão aqui debaixo perguntou pro Victor se ele andava de kart, pq ele estava usando a camisa do Xkart. Engraçado como tem tanta gente que gosta, né??? Na época não me lembro de ter tantas pessoas aleatorias parando a gente pra perguntar sobre isso!

Mas Thiago, vc fala q o kart fez parte da "sua juventude" como se vc já tivesse velho! Você ainda é jovem e tem muitas coisas de "jovens" que vc pode fazer. Envelhecer a cabeça é muito chato!
"O adulto criativo é a criança que sobreviveu." :-)